quarta-feira, 28 de abril de 2010

Só o Amor Faz O Bobo


Este texto da Clarice Lispector, declamado por Aracy Balabanian, é de uma verdade assustadora. E, por mais claro que fique, ainda caimos na ignorância de achar que vale a pena ser esperto. Acredito que isso, no Brasil, é o resultado da divulgação dessa máxima por muitos e muitos anos, como uma grande verdade, por politicos e poderosos.
Já tivemos uma propaganda de cigarro, com um dos princípais jogadores da seleção brasileira de futebol, dizendo, em alto e bom som, que o legal era levar vantagem em tudo. Hoje em dia, a seleção nacional inteirinha garante que a cerveja TAL é a TAL e Não Faz Mal.
Então, por tudo isso, este texto é uma homenagem a sabedoria, algo que tem tudo a ver com o rei Salomão, autor da frase que deu título a este Blog.

Mais Uma Bienal

Álbum de Figurinhas

No mundo atual viver é correr.
As pessoas não têm mais tempo para nada. Acordam atrasadas, tomam café na padaria, correm prá pegar o ônibus ou metrô e, quase invariavelmente, chegam atrasadas ao trabalho.
Lógico, que estou falando dos grandes centros. Nas cidades pequenas, ainda reza uma realidade mais tranqüila, mas não é aquela de 50 anos atrás.
O mundo muda, as novas tecnologias fazem as pessoas mais conectadas, mas mesmo assim, a distância tem aumentado no que diz respeito a relacionamentos.
No meio de tudo isso, leio nos jornais e nos sites, que as figurinhas e os álbuns de figurinhas estão bombando como em 1958, quando o álbum da copa dava em prêmios, geladeiras, rádios, televisores e móveis, que eram os objetos do desejo daquela sociedade de consumo que começava a nascer.
Jovens, adultos, velhos e até as crianças, andam comprando saquinhos e mais saquinhos de figurinhas da copa de 2010 na África.
Em São Paulo, Rio de Janeiro, Porto Alegre, Manaus e no interior deste imenso país, as figurinhas do álbum da copa de 2010 são disputadas diariamente, com encontros em praças, parques e calçadas em frente às bancas, para trocar, disputar no bafo ou negociar de todas as formas para poder completar o álbum.
Lembro, que em Ribeirão Preto, quando era menino, no início dos anos 1960, o local de troca de figurinhas, gibis e todo tipo de coleção era na frente do Theatro Pedro II, que, na época, era um cinema mal ajambrado.
Ali, vinham meninos de todos os cantos da cidade, com seus álbuns, gibis, figurinhas, bolinhas de gude, enfim, o que podia servir de moeda de troca ou negociação. E, era preciso ser esperto, pois vez ou outra, aparecia um menino um pouco maior, que passava correndo, gritava Limpa Tipa e levava suas figurinhas para sempre.
Engraçado, como apesar de toda tecnologia, os seres humanos continuam os mesmos.
Lau Baptista

O Santuário das Sete Capelas

Foto de Hermano Teixeira Machado feita em 1985 para 
o livro Ribeirão Preto - Memória Fotográfica 
O Santuário das SETE CAPELAS foi idealizado pelos monges beneditinos, cada uma dedicada a um padroeiro. A construção se prolongou por quase dez anos. A primeira capela, de Nossa Senhora das Graças, foi construída em 1948. A de São Judas Tadeu em 1951. As capelas de Nossa Senhora Aparecida e Santa Terezinha foram construídas em 1954. A capela de São Jorge em 1955 e, encerrando o santuário, as capelas de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro e da escadaria - a Capela da Penitência.
Cada uma mantém sua individualidade no que se refere ao conjunto arquitetônico, mas formam um interessante conjunto. Dispostas em semi-círculo, as capelas são voltadas para o centro.
É importante notar que as capelas foram edificadas em uma escavação de pedreira, ficando assim o santuário guarnecido em todo o seu perímetro por rocha.
O Santuário das Sete Capelas situa-se no Morro do São Bento, ao lado do Mosteiro que deu nome ao morro.

Virginia Teixeira Gazini

Claridade demais ofusca,
Escuridão demais esconde.
A linha mais reta é seca,
O excesso de sinuosidade enjoa.
Falta de objetividade atordoa!