terça-feira, 13 de julho de 2010

Um Exemplo de Vida

Faleceu, no dia 11 de julho o primo irmão da minha mãe, Luciano Lepera, que estava com 86 anos.
Quando eu era pequeno, volta e meia, ouvia falar sobre o Luciano e sobre sua posição política. Luciano era comunista, algo muito mal visto na época, e, com o tempo, após o golpe de 1964, isso foi piorando dia após dia. Nessa época eu via o Luciano em duas ocasiões; nas festas que aconteciam na casa do meu bisavô e avô do Luciano, Paschoal Baldassare, e na casa da tia Adelina, mãe do Luciano.
Minha mãe, que era uma pessoa muito apegada à família, adorava o Luciano e sempre que alguém fazia qualquer crítica a ele, ela o defendia com tanta segurança, que mesmo conhecendo-o só de vista, sempre gostei e admirei o Luciano Lepera.
Nos anos 1970, quanto trabalhei no jornal Diário da Manhã,  tive o prazer de conhecer o Luciano como ser humano e pensador. Neste período Luciano era um vendedor de Barsa (famosa enciclopédia que era moda as boas famílias terem nas suas prateleiras) porque não podia trabalhar na sua profissão de jornalista e nem exercer qualquer cargo público por ter sido um dos primeiros políticos a ter seus direitos cassados pela ditadura militar. Quase todos os dias, Luciano passava no jornal para tomar um café, bater papo com os amigos e matar a saudade do cheiro de tinta das oficinas, como me confessou uma noite.
Depois disso, fui conhecendo facetas do Luciano por intermédio de políticos, jornalistas, empresários, quitandeiros, jornaleiros e todos os tipos de pessoas,  com quem fui cruzando ao longo desses anos. Todos, sem nenhuma exceção, diziam a mesma coisa: “Luciano foi a pessoa mais íntegra, verdadeira e generosa que conheci”.
Por tudo isso, rendo aqui as minhas homenagens a esse homem raro.

O 2º Rei do Café

Henrique Dumont (Diamantina, Minas Gerais, 20 de julho de 1832 - Rio de Janeiro, 30 de agosto de 1892) foi um cafeicutor e pai de Alberto Santos Dumont. Filho de imigrantes franceses, é considerado um dos quatro reis do café da sua época.
Ajudou na criação do primeiro carro a gasolina junto com Henry Ford.
Em 1890, caiu da charrete de sua fazenda e o acidente o deixou hemiplégico. Posteriormente, em 1891, em consequência do tratamento, vendeu sua fazenda e partiu para a Europa com sua família.
Aos 60 anos, em 30 de Agosto de 1892, morre no Rio de Janeiro, com vários problemas no corpo.

O 3º Rei do Café

Francisco Schimidt (Ostoffer, 1855 — São Paulo, 1924), um proprietário rural alemão radicado no Brasil, foi o terceiro "Rei do Café".
Conseguiu empréstimos na Firma Theodor Ville na Alemanha para se estabelecer como empresário. Em 1913 já era o maior plantador e produtor de café do mundo com treze fazendas, e catorze milhões de pés de café produzindo.
Nesse ano foi reconhecido como o terceiro Rei do Café, depois de Joaquim José de Sousa Breves que foi o primeiro Rei do Café e de Henrique Dumont que foi o segundo, e anterior a Geremia Lunardelli que foi o quarto e último rei do café.
Atualmente, na área da antiga Fazenda Monte Alegre que pertenceu a Schmidt, em Ribeirão Preto, São Paulo, está instalado o Museu do Café Coronel Francisco Schmidt.